AULA 20. Fragmentação e geometria


A. Utilização da geometria de forma parcial

Exemplo de um edifício:

Casa Baldi
Paolo Portoghesi, 1960

Todo o edifício surgiu através de uma regra geométrica, uma espécie de trama/malha, onde, os pedaços do interior dos círculos (malha circular) são usados para criar um edifício (plantas). Dando origem a uma forma ondulada onde existem diferentes muros ondulados que são fragmentos de bocados de leis geométricas não acabadas.

B. Eliminação de fragmentos da forma resultante
Casa para convidados
F. O. Gehry

Parassem fragmentos maior escala. Onde é criada uma unidade definida por materiais e cores diferentes para reforçar a ideia de fragmentação e a planta do edifício parecem faltar partes nas formas criadas. Usa o mesmo material na cobertura e na parede.

C. Fragmentação complexa da forma:

C1.com uma lei e agrupando as partes segundo outra lei

Ópera de Sidney
J. Utzon

O elemento principal são as cascas de cobertura, que tem uma regra geométrica estrita para criar a forma final de “casca”, que são pedaços de uma semi-esfera.
Depois, é necessário criar uma ordem/lei para organizar as formas (casca) como edifício.

C2.com uma lei e agrupando as partes sem outra lei

Parque la Villete
Tschumi, 1983

Sobreposição de muitas tramas e malhas para compreender a ideia da fragmentação.
Assim, pode verificar-se que existem regras de construção a ter em conta o terreno e as normas do local, efectuando se várias sequências de malhas, para depois, colocarem os objectos de forma aleatória pelo parque, isto é, sem qualquer lei.

D. Desaparecimento de toda a lei geométrica

Neste tópico, a acção é o importante e não a categoria estável. Uma fluidez de tempo constante. Onde a forma está relacionada com algo estático, permanente.
Na imagem, existe uma representação artística, onde não é necessário um diálogo para saber o que está a acontecer. A representação do que está a acontecer parece ser algo (monte de lixo) que na verdade não o é (duas pessoas).


D1. Arquitectura como paisagem

Biblioteca Central, Seattle
Koolhas, R. 2004

A arquitectura cria condições favoráveis para que aconteça uma acção. É um local para criar relações pessoais. Se qualquer elemento for modificado, já vai deixar de criar essas relações. A arquitectura tenta criar um novo lugar, uma nova paisagem, através da continuidade do limite.


D2. Valor expressivo da matéria

Um dos principais grupos de arquitectos que liga bastante ao valor expressivo da matéria, e à “pele” do edifício é o Herzog & de Meuron, onde, apenas numa obra conseguem ligar elementos diferentes como o vidro e uma parede vegetal, por exemplo.