AULA 18. Arquitectura Fragmentada


As características arquitectónicas do final do século XX eram, o mundo sem forma, a fluidez, a ausência de bordas/barreiras/limites, a constante mudança, acção (tempo) e a forma como categoria ausente.

O mundo já não precisava de ter formas para ser compreendido, isto é, não precisa de ser construído para ser compreendido. Deixou de ser unitário para passar a ser heterogéneo e quebrado. Então é procurada uma fluidez deste mundo aparente, e para isso não são necessários limites para compreender aquilo que está a acontecer. É um mundo em constante mudança, onde o tempo é a ideia de acontecimento e assim, a acção passa a ser mais importante que as formas.

Restaurante Monsoon, Sapporo
Hadid, Zaha 1990

As formas feitas pela artista são partidas, instáveis, dinâmicas, fragmentadas, quebradas. Fazendo parecer que existe acção nesta forma, quase como que se fosse uma casa de laranja que vem a desenrolar-se desde o tecto.

Terminal de Yokohama
Berkel, B. V. 1994

A geometria é o elemento de compreensão desta forma. Os elementos não são fragmentados, mas sim elementos de textura, efeitos, fluidez dos limites, reflexos. A fluidez dos limites faz com que não se consiga distinguir as paredes do tectos e do chão, é como que um líquido que flui dentro de um espaço.